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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Espirro


Serei só carcaça dentro do esquife
Apodrecendo a cada festejo de vermes
Minha ossatura não será ornamento
Porém, nela os vermes irão brincar!

Vitalidade me abandona, estou pálido!
As flores de meus anos já são murchas
A vida é uma fatalidade sem escape
E morrer dissipará todo este sofrimento?

Cansado, escasso, estou vazio! Sou hermético!
Estou cada vez mais próximo de um cadáver
Já disse em outro poema que sou anoréxico?

Espirro dores, tormentas que carcomem.
Como posso existir nesse mundo desbotado?
Espirro meu ser... Esvaeço? Morrei só?
                                               (06/04/08)

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